Do dia de ontem [13 de Outubro]
Ontem estive a ler um artigo no blog mum's the boss, que não podia ter vindo mais a propósito.
Como sobreviver à pré-adolescência [entre os 9 e os 12 anos], os chamados Tweenies.
[O termo deriva da palavra inglesa between. É tweenie quem já não é criança mas ainda não é adolescente. É tweenie quem está nessa confusa terra de ninguém, um campo minado de estímulos alimentado a música e a Internet]
Revejo-me em tudo o que li:
Este é o ano da mudança. O ano em que ela vai da primária para a escola dos grandes. Não consegues adiar mais o telemóvel e ela recebe-o durante as férias de verão e sente-se crescida, feliz... maior!
De repente percebes que deixou mesmo de ser menina e que, a partir de agora, a coisa fica séria. Chamam-lhe pré-adolescência mas também lhe poderiam chamar o início da emancipação e do criar asas para voar.
No final da primeira semana de aulas parece que tudo ficou com defeitos. É o telemóvel que não é como os dos amigos, são as roupas que não são adequadas à escola. Descobres que puxa as t.shirts de lado para mostrar os ombros, que rebola os olhos demasiadas vezes e que o teu QI, que nunca te tinha deixado ficar mal parece ser, aos olhos da tua filha, mais baixo que o dela próprio.
Percebes então que estás a perder terreno. Deixas de ser a mãe (sempre) cool para ser a mãe. Percebes agora que aquilo que já sabias começa a tornar-se verdade e que, mais cedo ou mais tarde, deixarás mesmo de ser a última Coca-Cola do deserto e que os amigos é que vão ser os maiores. E percebes que não é isso que queres nem é assim que tem de ser. E fazes bem porque, embora eles estejam a crescer e a criarem os seus próprios laços sociais, a verdade é que tu tens de te manter por perto porque és tu que a orientas, és tu que modelas comportamentos e, da última vez que verificaste, era o teu nome que aparecia na filiação do seu cartão de cidadão.
Pronto, entre alguns reviranços de olhos, e respostas tortas, e de discussões e de gritos, já me fui apercebendo que não foi só a mim que me calhou isto na rifa, e até os pais [aparentemente] mais calmos se queixam dos filhos [alegadamente] mais sossegados.
Vamos ver como vou (sobre)vivendo com esta fase, que de dia para dia só piora e só deve passar lá para os 30 anos da Amorinha :)
Este artigo foi mesmo o que mais me marcou no dia de ontem e afigura-se que será a minha bíblia nos próximos tempos.
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